O que te posso dizer sobre mim?
Depois de 20 anos a trabalhar como jornalista, decidi voltar a dar as cartas e mudei de vida. Confesso que ter um filho ajudou. Queria ser dona dos meus horários e ter mais tempo para a família.
Não foi preciso muito para chegar a duas conclusões: A escrita nunca sairia de mim e queria investir numa arte que sempre tinha adorado, mas nunca tentado com seriedade.
Tirei então um curso de Fotografia na ETIC durante um ano e lancei-me.
No início, aceitava todos os trabalhos, desde grávidas a animais de estimação. Mas com o tempo comecei a perceber que realmente o que eu queria não era tirar fotos. Mas sim fazer a diferença.
Eu queria que as pessoas se despissem e se vissem, sem filtros.
Percebi que não podia pedir a ninguém que fizesse esse caminho se eu não o fizesse primeiro dentro de mim. E assim, nos últimos anos tenho feito cursos, formações, retiros, muita cura, muito desbaste interno. Hoje sou terapeuta do feminino e uma eterna aprendiz do que é viver em leveza e alegria.

A escrita na minha vida
Tirei o curso superior de Comunicação Empresarial. Vivi dois anos em Macau e oito em Moçambique, e em ambos fui jornalista.
Recebi o Prémio Revelação 2002 pelo Clube de Jornalistas português.
Participei no livro de contos Curtas Metragens (2004), e escrevi dois livros, publicados pela Livros D’Hoje, Chancela Dom Quixote (Grupo Leya): Uma Amiga como Shiva” (2007) e “Amor no Rio das Pérolas” (2009).
O Bullying acaba aqui - o teu Diário de Superação é o último, de Outubro de 2022, publicado pela Oficina do Livro, também do Grupo Leya.

Como o cancro mudou tudo
Em Outubro de 2021 fui operada a um cancro na mama. Olhar de frente e de chofre para a minha finitude ajudou-me a pôr fim a vários padrões e crenças limitadoras que eu ainda alimentava.
Desde então fiz vários cursos de Terapia do Feminino, meditação, Constelações Familiares, formações em massagem, cristais, radiestesia (uso do pendulo) e óleos essenciais.
Hoje trabalho autoconhecimento e valorização pessoal com adultos, adolescentes da Santa Casa da Misericórdia, e pessoas com doenças mentais.
Acredito que as respostas estão sempre dentro de nós, e, por isso, o empoderamento é tão importante.